NOTÍCIAS
30 DE MARçO DE 2022
Artigo expõe proposta para Estado brasileiro institucionalizar combate à tortura
Em artigo na Revista Eletrônica do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o promotor de Justiça do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) João Gaspar Rodrigues defende proposta de institucionalização do combate à tortura pelo Estado brasileiro. Rodrigues, mestre em Direito pela Universidade de Coimbra, justifica a necessidade de um programa de prevenção e repressão à tortura diante da ausência de uma política pública que atue nesse sentido de modo sistemático e permanente. O texto foi publicado no Volume 2 da 5ª edição da Revista Eletrônica do CNJ.
Rodrigues elenca os requisitos de um mecanismo que modificaria o tratamento da prática da tortura pelo poder público, com a efetividade prevista em uma variedade de normativos antitortura, tanto no ordenamento jurídico nacional quanto nos tratados internacionais de direitos humanos aos quais o Brasil aderiu. Para isso, faz um diagnóstico e uma análise crítica da atual estrutura do Estado brasileiro para prevenir e combater os casos de tortura, que inclui desde o Sistema Nacional de Prevenção e de Combate à Tortura até as audiências de custódia, criadas pelo CNJ em 2015. O autor também ilustra sua proposta com os pilares da experiência do MP-AM na prevenção e combate à tortura, do ponto de vista operacional.
Na fundamentação do texto “Programa Resolutivo de Prevenção e de Enfrentamento à Tortura”, o autor invoca legislação nacional, como o princípio da razoável duração do processo (Código de Processo Civil), e tratados internacionais, como a Convenção contra a Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU), que o Brasil precisa cumprir para vedar, na prática, a tortura em suas dependências – governo federal, governos estaduais e prefeituras. O programa também sugere medidas para modificar culturas institucionais em diversos órgãos públicos ligados à segurança pública, como a punição dos estratos superiores da polícia, e a possibilidade do instituto amicus curiae nos processos de responsabilização judicial de acusados de tortura.
Publicada semestralmente, sob responsabilidade da Secretaria Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ, a Revista Eletrônica CNJ foi criada para fazer circular artigos acadêmicos que tenham por objeto o Poder Judiciário e a prestação dos serviços de Justiça no país. Pesquisadores podem encaminhar até 21 de março seus artigos para a seleção da sexta edição da Revista Eletrônica do CNJ, prevista para junho.
Manuel Carlos Montenegro
Agência CNJ de Notícias
The post Artigo expõe proposta para Estado brasileiro institucionalizar combate à tortura appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
24 DE MARçO DE 2022
Personagens Gaúchos: o centenário de Leonel de Moura Brizola
Considerado um dos maiores políticos brasileiros, Leonel de Moura Brizola nasceu em Cruzinha (RS) no dia 22 de...
Portal CNJ
24 DE MARçO DE 2022
Judiciário do Piauí implanta Núcleo de Justiça 4.0 para execução fiscal
O Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) deu mais um passo importante para se tornar 100% digital em todos os seus...
Portal CNJ
24 DE MARçO DE 2022
Evento discute a individualização da pena sob a perspectiva da Justiça
Seminário realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reuniu membros da magistratura de todo o país na...
Portal CNJ
24 DE MARçO DE 2022
Justiça Eleitoral do Pará realiza ação para ampliar participação de jovens
A Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), vai realizar ações em Marabá, no...
Portal CNJ
24 DE MARçO DE 2022
Programa da Justiça goiana será apresentado em evento internacional
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) vai apresentar o programa Amparando Filhos em um evento internacional...