NOTÍCIAS
08 DE ABRIL DE 2022
Maior presença feminina ajuda a combater violência contra mulheres
Mais mulheres à frente de delegacias e das organizações de Justiça. Esse pode ser um importante caminho para que o cumprimento da Lei Maria da Penha seja mais efetivo no país, afirmou nessa quinta-feira (7/4) a ouvidora nacional da Mulher do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Tânia Reckziegel. Ela participou de audiência pública na Comissão Externa de Combate à Violência Doméstica contra a Mulher da Câmara dos Deputados.
Tânia Reckziegel ainda destacou algumas ações recentes do CNJ para aprimorar a ação do Judiciário, como a criação da Ouvidoria Nacional da Mulher, que tem o objetivo informar a vítima sobre seus direitos. A ideia é inaugurar ouvidorias da mulher em todos os tribunais.
Outra iniciativa importante foi a aprovação, em fevereiro, da recomendação para que juízes e juízas utilizem o “Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero” como orientador nos processos. O documento reforça a necessidade de que sejam evitadas avaliações baseadas em estereótipos e preconceitos para a tomada de decisão.
A delegada de Polícia Civil e superintendente de Gestão de Riscos da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, Eugenia Nogueira do Rego, afirmou que é preciso superar a cultura patriarcal nas áreas de segurança pública e de Justiça. “Nossas leis são muito boas? São. Mas nós aplicamos corretamente nossas leis? Essa é a questão. A questão é mudar a cultura organizacional, mudar quem está aplicando e quem está projetando políticas organizacionais.”
Recursos
Na avaliação da presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, um aperfeiçoamento importante na legislação foi a criminalização da violência psicológica, que é o primeiro degrau para a violência física e para o feminicídio. A Lei Federal n. 14.188/2021 ainda aumentou a pena para quem pratica lesão corporal simples contra uma mulher por razões de gênero e implantou o programa Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica nacionalmente.
“A gente tem um gap entre a lei brasileira, que é muito boa, e o aparato do sistema jurídico. A gente tem varas de violência doméstica em todo o território nacional e a violência doméstica é a quarta maior causa de acionamento da Justiça. As mulheres estão recorrendo à Justiça e estão obtendo medidas protetivas, mas continuam morrendo.”
Coordenadora da comissão, a deputada federal Tabata Amaral destacou a sanção da Lei Federal n. 14.316/22, que pode ajudar na garantia de recursos. A nova legislação destina, a partir de 2023, no mínimo 5% das verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública para ações de enfrentamento à violência contra a mulher. “Nos anos em que algum recurso do Fundo foi destinado para políticas voltada para as mulheres não se chegou a 1%, e na maioria dos anos não houve um centavo direcionado para essas políticas.”
Agência CNJ de Notícias
(com informações da Agência Câmara de Notícias)
The post Maior presença feminina ajuda a combater violência contra mulheres appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
22 DE ABRIL DE 2022
CNJ conclui diagnóstico inédito sobre atendimento de crianças pela Justiça
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgará na quinta (28/4) e sexta-feira (29/4) os resultados do...
Portal CNJ
22 DE ABRIL DE 2022
Lançado primeiro curso sobre Direitos Humanos e Controle de Convencionalidade
O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux,...
Portal CNJ
21 DE ABRIL DE 2022
Penas pecuniárias no AP são investidas em obras de unidade de saúde infantil
Com 20 novos leitos, foi inaugurada, nessa terça-feira (19/4), a nova ala de observação do Pronto Atendimento...
Portal CNJ
21 DE ABRIL DE 2022
Seminário Internacional 80 Anos da Justiça do Trabalho está com inscrições abertas
Concluindo as comemorações dos 80 anos da Justiça do Trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) realiza, nos...
Portal CNJ
21 DE ABRIL DE 2022
Manual para depoimento de crianças amplia proteção de indígenas no MS
Mesmo em localidades onde o depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas de violência já considera...