NOTÍCIAS
12 DE SETEMBRO DE 2022
Primeiro curso do CNJ sobre Empresas e Direitos Humanos reúne mais de 100 juízes
A proteção, respeito e reparação dos direitos humanos no âmbito dos negócios foi tema do curso “Formação para juízes em Empresas e Direitos Humanos”, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para magistrados e magistradas. Realizado nos dias 8 e 9 de setembro com a participação de cerca de 115 inscritos, a ação integra o Projeto de Conduta Empresarial Responsável na América Latina e no Caribe (CERALC) e tem o objetivo de disseminar os princípios orientadores da Organização das Nações Unidas (ONU) para promoção do desenvolvimento inteligente, sustentável e inclusivo.
Nos dois dias de curso, foram abordadas questões como responsabilidade das empresas em relação aos direitos humanos e parâmetros e limites para a responsabilização das empresas em relação a riscos e abusos a direitos humanos decorrentes de operações no meio ambiente, população local e na cadeia de fornecimento. Também foram debatidas soluções e ferramentas para casos complexos envolvendo abusos sistemáticos a direitos ou de efeitos continuados no âmbito dos negócios.
De acordo com a juíza auxiliar da Presidência do CNJ e organizadora do curso, Carolina Ranzolin Nerbass, é fundamental para o Brasil a propagação dos parâmetros da ONU para a área negocial, uma vez que as demandas no setor sempre desaguam no Poder Judiciário. O objetivo é aproximar o magistrado brasileiro de princípios que proporcionem a aplicação efetiva dos direitos humanos no que diz respeito às atividades realizadas por empresas em toda a sua cadeia produtiva.
A juíza avaliou que o envolvimento dos participantes se mostrou muito positivo e fortalece a continuidade do programa, que prevê a realização de outros cursos e publicação de cartilhas para orientar os juízes sobre os princípios da ONU na área de empresas e direitos humanos. “É fundamental haver atenção e investimento nessa área, pois o Brasil apresenta uma grande defasagem quando comparado ao cenário internacional, onde a exigência é elevada em relação à promoção de desenvolvimento sustentável e inclusivo”.
A União Europeia apoia o Projeto CERALC com grande interesse, inclusive porque os países daquela comunidade pretendem restringir o comércio com empresas que violem direitos humanos e o meio ambiente. “Estamos tratando de um pacto de integridade em que as empresas assumem compromissos para negociar com a União Europeia, sob pena de se verem excluídas de mercados fundamentais. Então, além da importância jurídica, a ação tem relevância econômica para o Brasil”, completou Carolina.
Implementado a partir de um acordo de cooperação técnica envolvendo o CNJ, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o curso foi ministrado por advogadas e pesquisadoras como Alexia Ghyoot, Flávia Scabin, Maria Cláudia Falcão, Tamara Brezighelo Hojaii e Karina Denari. O projeto CERALC conta com financiamento da União Europeia (UE) e é desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e ACNUDH.
Texto: Jeferson Melo
Edição: Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias
The post Primeiro curso do CNJ sobre Empresas e Direitos Humanos reúne mais de 100 juízes appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
05 DE SETEMBRO DE 2022
Dia P: Inscrições para o PQTA ganham um dia extra e único que podem ser feitas até hoje (05/09)
Interessados em participar da 18ª edição do Prêmio devem se inscrever até hoje (05.09) pelo site oficial
Anoreg RS
05 DE SETEMBRO DE 2022
Dia P: Inscrições para o PQTA ganham um dia extra e único que podem ser feitas até hoje (05/09)
Interessados em participar da 18ª edição do Prêmio devem se inscrever até hoje (05.09) pelo site oficial.
Portal CNJ
05 DE SETEMBRO DE 2022
Festival Criativo fortalece papel da inovação no Poder Judiciário
Alunos do curso de pós-graduação “Jurisdição Inovadora – para além de 2030”, representantes da Escola...
Portal CNJ
05 DE SETEMBRO DE 2022
Produtividade: tribunais bateram meta de ações antigas até junho
A produtividade de muitos tribunais superou, nos seis primeiros meses do ano, a meta de julgamento de processos...
Anoreg RS
05 DE SETEMBRO DE 2022
Testamento de Dom Pedro I é documento mais procurado em agosto na Biblioteca Digital do STF
A procura é atribuída às comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil.