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27 DE MARçO DE 2023
Vozes femininas ganham destaque em mostra de documentários
Representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Instituto de Pesquisa Aplicada da Mulher (Ipam), do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e do Grupo Mulheres do Brasil prestigiaram mostra de cinema que integra a campanha “Elas fazem história”. O evento ocorreu na tarde da sexta-feira (24/3) e prosseguiu até o domingo (26/3), no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. A mostra integra a programação elaborada pelo CNJ em alusão à representatividade feminina no Poder Judiciário.
Ao abrir a solenidade, a juíza auxiliar da Presidência do CNJ Amini Haddad enfatizou que o nome da campanha “é uma oportunidade de promover o debate imprescindível sobre onde estão as vozes do feminino na nossa história”. A magistrada disse aos presentes que é preciso ter consciência sobre a importância de resgatar a contribuição da mulher na construção da humanidade, muitas vezes esquecida.
A organização do evento trouxe a percepção da mulher sobre a sociedade com o documentário “Poeira e batom no planalto central – 50 mulheres na construção de Brasília”, dirigido por Tânia Fontenele, que também é curadora da exibição.
Tânia, que também coordena o Ipam, destacou que o universo cinematográfico também é lugar de oportunidade para apresentar a percepção e vivência das mulheres. Foi isso que ela buscou registrar com o documentário. “Quis dar visibilidade a 50 mulheres de diferentes condições sociais e culturais, que poderiam ter suas memórias esquecidas”, explicou. Com a reunião de imagens de arquivo e entrevistas, ela documentou a saga de pioneiras que chegaram ao planalto central entre 1956 e 1960.
A conselheira do Grupo Mulheres do Brasil Brasília, Janete Vaz, falou sobre a trajetória da entidade. Criada em 2013 e atuando por meio de diversos comitês, entre eles o de combate à violência contra as mulheres nas suas mais diversas formas, assegurou que esse não é um sonho impossível. “Nosso grupo começou com a união de 40 mulheres, atualmente soma mais de 118 mil participantes”, informou. Em Brasília, a entidade está presente desde 2017.
Tela de cinema
Além do documentário exibido na sexta-feira, a mostra também exibiu os filmes “História de Dona Flor – parteira, curandeira e protetora do cerrado”, de Érica Bauer, exibido no sábado (25/3), e “A juíza – um sonho de igualdade”, de Betsy West e Julie Cohen, projetado no domingo (26/3).
O documentário apresentado no sábado tem como personagem principal Florentina Pereira dos Santos, a Dona Flor. A protagonista é a raizeira e parteira que vive no Povoado do Moinho, próximo a Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros, Goiás. O filme reúne entrevistas com a personagem, familiares e moradores da comunidade e de imagens do local. Dona Flor exemplifica a mulher sábia do interior do Brasil, matriz e fonte de uma riqueza sociocultural que precisa ser preservada. A experiência dela no manuseio das plantas e na execução de partos a tornaram referência no Brasil central.
Por fim, no domingo, o filme de Betsy West e Julie Cohen “A juíza – um sonho de igualdade” é um retrato íntimo da vida e da carreira de Ruth Bader Ginsburg, juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos, que se tornou improvável ícone da cultura pop. Além de sua trajetória, o documentário explora as primeiras batalhas jurídicas e como elas mudaram o mundo das mulheres.
Após cada projeção, as espectadoras e espectadores trocaram ideias sobre o conteúdo dos documentários, especialmente as questões de gênero e da invisibilidade social.
Texto: Margareth Lourenço
Edição: Karina Berardo
Agência CNJ de Notícias
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